quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ESTUDOS DERRUBAM MITOS MAIS COMUNS SOBRE A CORRIDA

O que ajuda a reforçar tais mitos é o fato de as pessoas que correm serem mais magras, terem menos gordura corporal e possuir uma aparência diferente em relação a maioria

Os sedentários vão ter que arrumar outra desculpa. Correr não envelhece, garantem novos estudos sobre o tema. Pelo contrário, exercícios têm efeito positivo para o organismo. O corpo humano, dizem especialistas, não foi feito para ficar parado e a corrida traz energia, resistência, melhora o condicionamento cardíaco e imunológico. E ainda ajuda a emagrecer. Envelhecer é um processo inevitável. Ao respirar, geramos radicais livres, moléculas que oxidam as células do corpo. Durante a prática de exercícios, aumentamos a produção destas substâncias.

Estudos indicam, porém, que os esportes também garantem uma maior produção de defesas antioxidantes, que vão atuar no combate aos radicais. "Correr não acelera o envelhecimento, pelo contrário, ajuda a envelhecer bem", diz Mauro Vaisberg, do Hospital Samaritano de São Paulo, especialista em medicina esportiva. 

Defensor de um treino leve, o médico condena o excesso: "O atleta que corre de maneira exagerada, várias maratonas em um ano, começa um processo de estresse oxidativo pelo esforço excessivo. O corpo acaba, então, não conseguindo tamponar estes radicais livres. As substâncias antioxidantes que o corpo produz e as que ingere acabam não sendo suficientes para compensar o desgaste", explica. 

Coordenador da equipe Filhos do Vento, segundo lugar no Desafio Nike 600K, o professor Alexandre Lima é categórico: "Corrida não envelhece, não estraga a pele, não faz o peito murchar, não faz a bunda cair. Pessoas saudáveis, que treinam de forma orientada são beneficiadas pela corrida."

Para ele, o que ajuda a reforçar tais mitos é o fato de as pessoas que correm serem mais magras, terem menos gordura corporal e possuir uma aparência diferente em relação a maioria. Ele não vê problemas em executar exercícios de corrida mais intensos, mas é importante que o corredor tenha um treinador, um nutricionista, um médico.

Ele ressalta que o envelhecimento precoce pode acontecer em casos de atletas profissionais que tenham um treinamento muito intenso, que fiquem expostos ao ar livre, sofrendo a ação do sol e da poluição por muitos anos. Mas mesmo assim, para ele, há opções de filtros solares e roupas esportivas próprias. Ter uma alimentação saudável, comer pouca carne vermelha e muita verdura é fundamental.
                                         

                                                          Fonte: Portal da Educação Física - DEZ 2010 

sábado, 18 de dezembro de 2010

Saiba como evitar a “segunda-feira gorda”

Chega o fim de semana de uma pessoa que se dedica a atividades esportivas. Depois de cinco dias de exercícios, o sábado e o domingo permitem o descanso e diminuem a vigilância quanto ao peso. Na segunda-feira, a balança acusa que o indivíduo engordou, mesmo não exagerando à mesa. A situação é recorrente e contribui para uma preocupação exagerada nos fins de semana que virão. Mas especialistas na relação entre nutrição e preparo físico asseguram não haver motivo para alarme.
A elevação de peso nessas circunstâncias é comum, confirmam profissionais como o fisiologista do exercício Raphael Mafra. Mas a constatação não deve privar ninguém de comer aquilo de que gosta. “De um dia para o outro, em função de um fim de semana com menos qualidade na alimentação e no exercício físico, em comparação com o resto da semana, pode haver aumento de peso, mas eu não afirmaria que é gordura”, argumenta Mafra.
Acostumado a desenvolver treinos para atletas, o personal trainer Carlos Caramello esclarece que a variação na balança pode ter duas causas diferentes do ganho de gordura. A primeira hipótese é o metabolismo ficar mais lento nos fins de semana em consequência de a pessoa não se exercitar. A outra possibilidade é a retenção de líquidos no organismo, causada pela ingestão de sal ou de bebidas alcoólicas. Em ambos os casos, o funcionamento do corpo tende a voltar ao normal com a retomada das práticas desportivas ao longo da semana.
“O acréscimo não costuma ser nem massa gorda nem magra: é apenas o corpo retendo mais água, por isso a diferença de peso. Às vezes, comer uma comida mais saborosa no fim de semana acaba causando isso, pois está com uma quantidade de sal maior do que aquela que a pessoa está acostumada a ingerir durante a semana”, explica Caramello.
Além de não abusar do sal ou da cervejinha, outro jeito de não sofrer com isso é a prática de exercícios também aos fins de semana, ainda que de forma moderada, pois sair um pouco da rotina de exercícios com que o corpo está acostumado é positivo.
“Não há problema em malhar, ou fazer qualquer outro exercício nos sete dias da semana, mas o corpo precisa descansar. A maioria das pessoas que vão à academia não está ali por prazer, e sim para cuidar da saúde. Então é bom mudar o tipo de exercício para algo mais prazeroso. Sair para uma corrida, nadar”, defende Raphael Mafra.
Cuidados na medida em vez de paranoia
O estudante universitário Ivan Schneider procurou um acompanhamento nutricional para evitar a segunda-feira gorda. Desde então, para ele, ficou imperceptível o ganho de peso. “Tento não fugir do padrão alimentar considerado bom, evito hambúrgueres e refrigerantes”, relata Ivan, que malha e luta durante a semana. “Agora meu peso está sempre estável.”
Ele adota ainda a receita de variar de atividade física nos fins de semana, o que contribnui para o bom resultado do seu comportamento alimentar. “Se não pego minha bicicleta e dou umas pedaladas no Eixão aos domingos, vou correndo mesmo. Sem contar esse calor, que pede uns mergulhos no lago”, conta Ivan.
Estratégias à parte, o ponto central da boa saúde ainda está na alimentação adequada. “Exercício físico por si só não emagrece ninguém”, explica o fisiologista Raphael Mafra. “Se a atividade não for acompanhada de uma dieta regrada, o corpo continuará ganhando gordura. Só não fique preocupado demais com isso a ponto de não aproveitar suas comidas ou bebidas preferidas, até porque um churrasco ou um chocolate não lhe farão mal, se consumidos de forma controlada.”
O também estudante Ariel Sangaletti malha de segunda a sexta-feira e vê os quilos adquiridos no sábado e no domingo como estímulo: “Isso me reanima para que eu faça um treino mais intenso no início da semana e volte a uma melhor condição física”.

Fonte: FISIOLOGISTA.COM em: 12/17/2010